8/31/2006

I waj a gejt here...

Estou aborrecido... Estou tão aborrecido... Tenho tanta coisa para fazer... Mas não tenho nada que me apeteça fazer. Não há nada pior. Está a dar "O Rochedo" na televisão... Bah... Não gosto de ver o Nicolas Cage em filmes de acção deste género... E o Sean Connery não convence ninguém. Pelo menos neste papel.
Apetece-me estar debaixo de uma rocha.
"Yah... Quem me dera que estivesses debaixo de uma rocha. Yuk yuk yuk."
Não tenho cerveja... Necessito tanto de cerveja... Necessito mesmo muito de uma cerveja agora... E não tenho. Eu até saía de casa para ir comprar uma... Mas não me apetece.
Tenho um kazoo e não me apetece tocar.
Tenho um baixo eléctrico mas está com mau contacto na entrada do jack e faz barulho.
Tenho uma PS2 mas não me apetece jogar.
Quem me dera ter uma cerveja... Uma cerveja bem gelada...
Houve agora uma explosão no filme, o Nic e o Sean fugiram das chamas e atiraram-se para dentro de água... Quem me dera que a minha vida fosse um filme... Escrevia agora no guião:

INT. QUARTO DE JOÃO - NOITE

João está no quarto a escrever mais uma entrada no seu blog.
Pega na garrafa de cerveja e dá um grande gole.

JOÃO
'Tou tão aborrecido... (suspira)
Mas esta cerveja 'tá tão fixe...

Infelizmente a vida não é um filme... Quer dizer... Depende da forma como a virem... Às vezes gosto de pensar que a vida é um filme e eu sou a personagem principal... O protagonista, e todos vocês são ou personagens secundárias, ou figurantes. Os figurantes estão lá para fazer cenário, número, ambiente. As personagens secundárias estão cá para me assistir. Tudo gira à minha volta. Quem me dera que o meu filme tivesse um orçamento maior... Parece um filme independente manhoso que tem que competir contra grandes blockbusters de Verão... Já nem sei se ainda estou a fazer uma analogia a alguma coisa... Quem me dera ter cerveja.
Às vezes temos que ir ao médico em jejum... Se fizermos uma directa, até que horas podemos comer?
Não vou ao médico há montes de tempo. Por um lado é bom... Não tenho nada de mal que justifique a visita ao doutor... Mas se vir a questão por outro lado... Se calhar estou a morrer e não sei.
Alcatraz é um sítio esquisito. Eles agora estão numa espécie de baldes de metal suspenso assim num carril aéreo aos tiros uns aos outros. O Nic matou um gajo, e o Sean disse qualquer coisa com aquele sotaque engraçado... Depois disse um poema e fez o pino. Este filme é esquisito. Preciso de uma cerveja.
Tenho pena das pessoas que leram até aqui. Cinco minutos que nunca irão recuperar. Chegaram ao fundo do poço... Sintam-se em casa.

8/29/2006

O regresso do que nunca partiu

O mundo chora.
Estalou a guerra...
As pessoas estavam sem esperança... Era altura de reconhecer a verdade:

O profeta não diz nada há mais de dois meses... Está desaparecido!

Mas acontece que essa não é verdade... Não. A verdade é bem mais sórdida que isso.
Eu passo a explicar os motivos da minha longa ausência...
Estava no meu jardim a regar as minhas petúnias... São plantas delicadas que necessitam dos meus cuidados. Estava a usar um daqueles chapéus de palha que a minha avó me deu. De repente fiquei sem água no regador... Estranho... Nunca me tinha acontecido... Já a suspeitar que algo estava errado, dirigi-me à cozinha para ir comer um pão com manteiga. Ainda abalado pelo que me tinha acontecido, pus-me a pensar na minha vida... Porque é que eu estou cá? Para onde é que eu vou? Qual o significado disto tudo? Eu sei que muitos de vocês dependem de mim para sobreviver... Para ultrapassar os pequenos obstáculos que a vida vos coloca à frente... Mas e eu? Só havia um sítio onde eu poderia encontrar as respostas para as minhas questões. Dirigi-me para Katmandu.
Foi uma longa viagem... Uma dura viagem. Quando cheguei lá reparei que não havia tantos hippies como estava à espera... Ainda bem. Subi as montanhas às cavalitas de uns sherpas, ia-me encontrar com um grande ancião místico que sabe tudo. Uma vez na neve, tive que esperar quinze minutos por ele. Tinha perdido o comboio. Ele tinha o passe, mas não tinha reparado que já era dia um e o revisor não o deixou continuar a viagem... Ou seja, ele teve que sair do comboio ir comprar passe e voltar a entrar... Mas acham que o comboio esperou dois minutos pelo grande ancião místico? Por acaso esperou. Ele tinha perdido o anterior. Talvez tenha sido melhor assim. Seja como for, ele chegou e tivemos uma conversa agradável. Jogámos poker, bebemos umas jolas e apanhámos uma granda estala. Acabei por não saber a resposta para as minhas dúvidas existenciais... Mas ele explicou-me que o regador tem que se voltar a encher com água para poder continuar a regar as petúnias... E quem diz as petúnias, diz jasmins ou rosas... Ou até malmequeres...
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