6/26/2006

Em direcção ao Século XXII

Eu acho que devia ser permitido o uso de esteróides nos desportos. Iria tudo ficar mais interessante. Os jogadores corriam mais rápido, durante mais tempo e chutavam com mais força. Seria muito mais competitivo, mais pessoas iriam aos estádios, mais dinheiro seria gerado e toda a gente ficava mais feliz. Todos nos devemos esforçar para sermos os melhores naquilo que fazemos... se precisarmos de umas injecçõezinhas... C'os diabos... Que venham as injecções! O corpo humano só com treino não consegue ir assim tão longe como isso. Temos que ir mais longe! Se temos a tecnologia, porque é que não a usamos? O meu plano, clonar os maiores jogadores de futebol que aí andam... Ronaldinho, Figo, Ronaldo magro etc, etc... Criá-los desde putos para jogarem à bola e depois quando tivessem mais ou menos 19 anos, enche-los de esteróides até estarem quase a rebentar! Obviamente faria vários clones com intervalos de dois anos para que quando uns realmente rebentassem ou morressem de ataque cardíaco, já tinha outros preparados. Aconselho todos os presidentes de entidades desportivas a fazerem o mesmo. Usem e abusem dos esteroides, eles estão cá por alguma razão. Viva os esteróides.

6/23/2006

Guerra é lindo!

Guerra é fantástica. Eu adoro guerra e acho que devia haver mais guerras. Há qualquer coisa de brilhante entre irmãos a medirem forças num glorioso combate até à morte numa planície distante. Um embate honrado onde bala encontra cara, onde baioneta encontra barriga, onde vitória encontra derrota. É magnifíco. Numa guerra não há silêncios desconfortáveis ao encontrar o inimigo, não temos aquele momento onde não sabemos o que fazer ou o que dizer, é tudo verdadeiro, é tudo natural. Quando o vemos a aproximar, tanto nós como ele, sabemos uma coisa: Teremos que nos envolver numa batalha mortal pelas nossas vidas e pelo nosso país. Homem a homem a medir forças, a tentar tirar a vida um ao outro. Não há nada mais puro que isso. Não há nada que traga mais orgulho à Mãe Natureza do que o Homem a seguir os seus mandamentos. Eu acho até errado tratar o inimigo por "inimigo". Devia ser o "colega". Se ele realmente não fosse nosso colega, não nos daria o privilégio de lutar connosco. Seria um cobarde, render-se-ia sem lutar. Não seria nosso amigo. Devemos respeitar os nossos colegas, arrancar-lhes as tripas, e quando eles estiverem no chão a sangrar de todos os orifícios naturais e recentemente criados, devemos condecorá-los pela bravura que mostraram nos seus gloriosos combates. Devemos prestar-lhe primeiros-socorros para que eles se ponham em pé o mais rápido possível para voltar para a frente de combate para continuarmos esta eterna dança da morte.
Portugal não entra em guerra há tempo demais. Acho que devíamos invadir Espanha e marchar contra os canhões até Madrid. Sobre a terra e sobre o mar.

6/19/2006

Eu sou modesto

No outro dia estava a olhar-me ao espelho, a ver se as entradas no meu cabelo estavam a ficar maiores, quando me lembrei de uma música de Xutos e Pontapés: Eu Sou Bom.
A verdade é que eu sou bom. Sou muito bom, sou bom, muito bom, sou o maior. Sou o dominador, o mestre, o Charles Bronson. O mundo é uma monarquia e eu sou o Rei. Quando ando na rua, as mãezinhas param e dizem às criancinhas - "Quando cresceres, espero que sejas metade do que o João é!". Eu não as censuro... Eu sou mesmo bom. Ao sexto dia Deus criou-me, e ao sétimo dia descansou... Não é todos os dias que se faz uma obra-prima. Ninguém é melhor que eu, e quem disser que é, é um mentiroso... Ou lunático. As pessoas enviam-me cartas - "Obrigado por seres quem és... És uma inspiração para nós, os menos bons." Eu fiquei chateado... Se a carta era para mim, porque é que essa pessoa escreveu "nós os menos bons"... É redundante. É óbvio que vinha dos menos bons. Porque eu sou o melhor.
Eu pessoalmente, não gosto de violência. A não ser que seja dirigida a outras pessoas.
Gosto de ver uma pessoa a correr a tentar chegar a algum lado, e a cair, raspar as mãos no alcatrão até ficar sem pele, ficar com as únicas calças boas que têm todas sujas e cair com a cara na lama. O melhor nem é a queda em si, mas a cara que as pessoas fazem quando se levantam. Estou errado? Não. Eu sou bom, não posso estar errado.
Eu sou tão bom, que já nem preciso dos meus medicamentos para a esquizofrenia.

6/10/2006

O Profeta resolve os mistérios da vida

E agora uma coisa para todos nós pensarmos um bocadinho. Para alguns de vocês isto será uma primeira vez.

Antes do Big Bang, todo o Universo estava confinado num único ponto. Tudo. Todas as partículas que mais tarde iriam formar as estrelas, os planetas, as pessoas, as árvores, o chapéu esquisito das nossas avós, tudo. Neste Universo em que nós vivemos, nada se ganha e nada se perde, tudo se transforma.
Depois, deu-se o Big Bang. Todas essas partículas foram expelidas para todos os lados do Universo. Algumas formaram estrelas, outras planetas, etc... Partindo do principio que tudo se rege pelas mesmas leis físicas, podemos assumir que têm um caminho pre-determinado... Se certa particula ou átomo está a seguir um caminho, vai continuar a seguir esse caminho até colidir com outra particula... Logo, se tivéssemos um super mega computador com capacidade para analisar e traduzir as trajéctorias de tooooodas as particulas à nossa volta. Podiamos adivinhar o futuro.
Até o que nós pensamos! O nosso cérebro não passa de átomos, moléculas e impulsos eléctricos, todas essas coisas provenientes de particulas que eventualmente estiveram no centro do Universo antes do Big Bang. Essas particulas seguiram as suas trajéctorias até formarem o nosso cérebro e até se traduzirem nas nossas acções... Por isso, mais uma vez tendo alguma forma de analisar todos os movimentos e padrões de impulsos do nosso cérebro, podiamos adivinhar tudo o que nós iriamos fazer no futuro, comparando esses resultados e juntando-os aos resultados obtidos com tudo o resto que se passa no mundo, poderiamos então prever o futuro. Prever o futuro quer dizer que este já está escrito, estando escrito significa que existe um destino...

E pronto...

6/09/2006

Emergência no Planeta Terra

Eu não tenho tempo para tudo. No outro dia estava a sair do metro na Pontinha e estava uma banca da AMI com uma rapariga loira que trabalhava lá. Eu sabia que ela trabalhava lá porque ela tinha um boné que dizia "AMI" e tinha uma fotografia de um pobre ao peito. Saí da minha carruagem e ela pôs-se a acenar para mim, eu não estava a ouvir nada do que ela estava a dizer porque estava a ouvir o último single do Craig David. Ela aproximou-se de mim e eu tirei os fones. Ela pôs-se com uma conversa marada sobre voluntariado e não sei quê e eu fiquei logo - "Wow... Mana... Eu descurto bué desses movies, yo." Ela ficou um bocado triste, mas eu dei-lhe uma palmadinha no rabo e ela foi-se embora mais contentinha. Voltei a pôr os fones, mas mudei de faixa, pus aquela malha do Scatman e segui caminho.
Nunca fui muito dessas cenas de voluntariado, especialmente com pobres. Não que seja racista, mas não curto pobres... Há qualquer coisa em estar rodeado de fome, dor, morte e doença que me deixa um bocado incomodado... Especialmente quando a culpa não é minha.
Além disso, esses voluntários são uma tanga... Quando eu tive papeira não montaram nenhuma tenda branca com uma cruz vermelha no meu quarto. Tive que me safar sozinho... Nem a minha mãe me ajudava. Uma vez ela perguntou-me se eu queria um chá quente... Eu disse que sim, então ela disse que me fazia se eu fosse ao Pingo Doce, comprasse uma caixa de chá preto (da Lipton), trouxesse para casa, pusesse água a ferver, mergulhasse a saqueta na água e pusesse um farrapito de leite... Com dois cubos de açúcar. Eu, com trinta e nove graus de febre, saí de casa e dirigi-me ao Pingo Doce, no caminho cruzei-me com duas jovens de treze anos que me perguntaram se eu não era o Zulu dos Morangos Com Açúcar... Eu, com pouca paciência para bogarifes, arranquei-lhes o esófago... Steven Seagal style... Eu sou assim. Seja como for, voltei para casa com o chá preto da Lipton. Tudo corria na perfeição quando eu reparei que não tinha cubos de açúcar. Já alguma vez tentaram fazer cubos de açúcar? Claro que não, sem ofensa, mas vocês são umas bestas. É difícil. Três horas depois, tinha tudo pronto. Sentei-me na sala e pus na TVI para ver se apanhava algum programa maluco daqueles que só eles têm. Ia a dar um golito no meu chá preto da Lipton com um farrapito de leite e dois cubos de açúcar moldados em casa, quando a minha mãe chegou à sala. Ela disse - "Tenho sede" e aplicou-me um Stone Cold Stunner. O que é isso? É o golpe de marca de Stone Cold, o lutador de luta-livre americana. Consiste em colocar o braço à volta da cabeça da pessoa e depois deixar-se cair no chão de forma a que a garganta dessa pessoa colida com uma quantidade considerável de Newtons no ombro do aplicador de golpes de luta-livre... E agora pergunto-vos eu... Onde é que estavam os voluntários da AMI? Estavam na estação de metro da Pontinha a incomodar pessoas que ouvem grandes malhas. E é tudo... Agora vão a correr para as vossas mãezinhas a dizer que eu vos ensinei a fazer chá... Vá...

6/06/2006

Os Aristocratas: Um pequeno exercício de imaginação inofensiva

Um organizador de espectáculos está no seu gabinete, daqui a uns dias tem um grande espectáculo de entertenimento num teatro em Lisboa. Fuma cigarro atrás de cigarro, preocupado porque ainda lhe falta encontrar um bom acto para fechar o alinhamento.
Dois dias antes do espectáculo, entra-lhe um senhor no escritório a dizer que tem um acto fantástico para fechar o programa. O produtor pergunta:
- "Então... Explique-me lá o que é que o senhor faz?"
- "Eu faço uma actuação com a minha família... A minha mulher, eu, a minha filha de nove anos, o meu filho de doze e o meu pai... Com participação especial do meu basset hound." - responde o homem.
- "Pois... Mas eu não estou muito interessado em actos de famílias... Estão um bocado ultrapassados, sabe?"
- "Mas este... garanto que vai gostar! Garanto!" - afirma o homem confiante.
- "Então... Explique-me lá em que é que consiste a actuação..." pede o agente, aborrecido.
O homem, entusiasmado começa a explicar:
- "Primeiro, entro eu de patins, vestindo umas calças de licra, carregando a minha mulher nos braços, fazendo uma dança escadinava. Pouso a minha mulher no chão, e entra a minha filha de 9 anos que veste um pequeno tutu e um chapéu de princesa... A menina chega a meio do palco, pega no chapéu, leva os dedos à boca e vomita lá para dentro, despejando depois o conteúdo na sua própria cara enquanto lambe os lábios e come os restos de comida... A minha mulher começa a tocar nas partes privadas da rapariga enquanto lhe lambe a cara. Entretanto, eu levanto a saia da minha mulher e começo a sodomizá-la enquanto lhe dou murros na cabeça. Entretanto aparece o meu filho com o cão. O cão tem imensos problemas de barriga, então dispara diarreia, praticamente liquida para a boca do meu filho que se deleita todo com um sorriso na cara. O meu pai aparece por esta altura. É um homem velho com as peles e a pila todas descaidas, vem com a pila enfiada no próprio rabo. Começa a tocar nas mamas da minha mulher, nesta altura eu tiro a pila do rabo dela e desenho um bigode à Groucho Marx na cara dele. A minha mulher por esta altura sangra do rabo, então o pequeno basset hound vai lambendo o sangue enquanto continua incessantemente a disparar diarreia para cima do meu filho. O meu pai tem um olho de vidro, ele tira o olho e enfia-o no rabo da neta, que por esta altura encontrou uma cenoura mal digerida no chapéu e a enfia vigorosamente na racha. O meu filho, besuntado de merda de cão, começa a foder violentamente o buraco do olho do meu pai. É pequenino, não se controla bem, vem-se, a nhanha sai pelos ouvidos do velhote. A minha mulher, depois de esfregar a nhanha com cera de ouvidos na boca, corta a pila do meu pai, ata-lhe uma guita, espeta-lhe um ferro para se manter erecta e amarra à volta da cintura, fazendo um strap-on biológico, ela começa agora a sodomizar-me violentamente enquanto me espeta com seringas no rabo. O miúdo pega no cão e começa a usá-lo como Super Socker de merda, enquanto lhe enfia a mão na garganta e puxa-lhe a lingua até rebentar. O final é glorioso, um festival de merda de cão, vomitado, sangue e esporra. Eu a sodomizar o meu filho, que lambe a crica da minha mulher, que enfia o punho no rabo da minha filha que mija em cima do cão que caga na boca do cadáver do meu pai... "
O produtor está estupefacto a olhar para o homem... - "Pois... E como é que se chama o espectáculo?" - O homem responde - "Os Aristocratas"

Pequenos prazeres da vida: Parte I

Adoro cortar as unhas dos pés. Adoro cortar a unha do dedão.
É bom termos dois dedões, porque dá para cortar uma das unhas, cortar as pequeninas para aperfeiçoar o processo, e depois no fim quando já nos estamos a habituar, temos a segunda grandalhona em todo o seu esplendor.
Às vezes gosto de ficar dois meses sem cortar as unhas dos pés só para depois cortar as grandalhonas. Damos uns golpes precisos com o corta-unhas (eu gosto de usar um daqueles grandes) e depois erguemos a poderosa unhaca como se fosse a presa de um gigantesco elefante africano. Gasto dinheiro em meias, mas depois compensa pela pura satisfação.
São as unhas dos pés que me fazem continuar.

Perco mais tempo a pensar em títulos do que a escrever o post

Vocês talvez se lembrem de mim... Aquele tipo... Assim peculiar, estranho no seu jeito muito próprio. Com o cabelo assim encaracolado, liso, crespo, sujo, castanho, afro, ao lado, bizarro e despenteado... Assim com os dois dentes da frente um bocado tortos... A paranóia... E se os dentes me caissem? O que é que eu fazia? Não podia sair de casa. Como é que ia ao dentista? Não há dentistas ao domicílio. E que dentadura é que eu usava? Será que podia continuar a comer maçãs? Espero que não me caiam os dentes. Tenho que comprar uma escova nova. E se calhar uma pasta.
E se os glóbulos em vez de vermelhos fossem amarelo-lima? Como é que seria o mundo? A bandeira portuguesa seria amarelo-lima e verde. Uma lima ia-nos parecer um tomate. A cores dos exércitos do Inferno seriam muito diferentes. Amarelo-lima e preto... Será que o exército nazi teria uma suástica numa bandeira amarela-lima.
Será que existe Inferno? E se existir, será que depois de sermos torturados durante uns milénios, somos promovidos a demónios e passamos nós a torturar? Como é que uma pessoa pode passar uma eternidade a ser torturada? É muito tempo. Será que uma pessoa se aborrece? Será que pede ao demónio para usar o maçarico em vez das pinças com ácido porque já está farto? Será que o torturado e o demónio após tanto tempo de trabalho em equipa se tornam amigos? Se calhar não... Se calhar há turnos. Ora torturas este, ora torturas aqueles... Assim sempre mudava a rotina para os demónios... Mas perdia-se aquela interacção serviço-cliente bairrista que pode ser tão agradável.
Eu não gosto que estranhos falem comigo quando estou à espera do comboio. Eu só tenho uma resposta para qualquer coisa que eles digam... - "É verdade..." - é tudo o que eu digo. Já tentei pensar noutras respostas mais divertidas ou carismáticas. Mas não consegui. Volto sempre ao mesmo. Ainda agora tentei pensar numa engraçada para escrever e não consegui... É verdade.
Ontem encontrei dez euros no bolso. Fiquei contente... Mas por outro lado, eram dez euros que eu já eram meus, já os considerava perdidos. Uma coisa boa não apaga a má. Fiquei deprimido... Depois encontrei vinte euros na carteira. Ainda bem que não pus a carteira a lavar... Por outro lado, com os calções não haveria esse perigo. Eu nunca os lavo. São sujos. Mas eu gosto deles assim. Acho que não se deve tentar mudar uma coisa só porque tem um defeito. A sociedade determinou um padrão de limpeza que os meus calções não apreciam. Estou aborrecido, stressado, cansado, fatigado, esfomeado, com sede..ado, sentado, espantado, estonteado, fascinado, estupidificado, petrificado, santificado, malogrado, malfadado, amaldiaçoado, gozado, pisado, esborrachado, esmagado, aniquilado, extreminado.

Há males que vêm por bem. Há outros que vêm para nos estragar o esquema todo. Há outros que vêm mas não fazem nada. Ficam sentados a olhar e mandar comentários mordazes para o colega do lado. Há outros que dizem que vêm mas que depois não aparecem. Há outros que recusam-se determinadamente a vir. Há os que já vieram e ficarão, já vieram e estão e já vieram mas já se foram. Há uns e outros, pretos ou brancos, amarelos ou azuis, verdes ou índigo. Há os quadrados, circulares, redondos, triangulares. Há-os feitos em massa e os feitos à mão por um talentoso artesão. Há estes e aqueles. Os demais e os a menos. Há carnívoros e herbívoros. Há os omníveros que não se adaptam. Hás uns drogados, outros que bebem. Há uns que vão dirigível e outros no navio. Uns ardem outros afundam. Há os baleados, bombardeados, esfaqueados, gazeados, queimados, trucidados, mutilados, insultados, humilhados, esmurrados, pontapeados, empurrados, estripados. Há os feridos. Não há nenhum. Mas há sempre algum.

Estou farto. Vou parar. Podia ficar aqui o dia todo, mas isso é uma doença. Uma doença. Vão ler o Wikipedia. Ou uma enciclopédia comum. Do Círculo de Leitores. Parece nome de seita. Será que são uma seita. Há imenso tempo que não oiço falar deles. Será que cometeram suicídio em massa? Eu acho que se saberia... Mas ninguém quer saber deles. Mostra como os media são discriminatórios e só passam o que lhes convém. Abaixo os media. Abaixo tudo. Abaixo o computador e a Internet, a disquete e o CD, as colunas e o microfone, a web cam e a torre. Abaixo o lápis e a caneta, abaixo a lapiseira. Abaixo a borracha! Os erros não são para esconder. A não ser que sejam muito maus, nesse caso são para gozar e humilhar o responsável à frente de toda a gente.

Alguém leu tudo até aqui? Se sim, ok, está tudo bem. Se não, então vá... até logo...

O dia dos campeões

1:45 - Fui-me deitar.
4:23 - Acordei espavorido, olhei para as horas, sorri, deitei-me.
6:30 - Despertador toca, levanto-me, desligo-o, deito-me.
6:54 - Levanto-me, vou tomar banho.
7:10 - Acabo o banho, os gatos mordem-me os dedos dos pés.
7:18 - Dou de comer aos gatos.
7:34 - Saio de casa. Vou para a estação a ouvir Turbonegro.
7:50 - Apanho o comboio
8:20 - Apanho um lugar sentado no metro. Leio a BD do jornal.
8:55 - Chego à faculdade. Fico à espera do stor.
9:03 - Stor chega, faço teste.
9:23 - Acabo teste, tenho 7.5 em 10. Vou comer uma tosta mista.
10:34- Jogo matraquilhos, bebo uma cerveja.
11:01- Entro na aula, faço um teste.
11:37- Acabo o teste, saio da aula.
12:00- Vou almoçar. Sopa, imperial, dois hamburguers com queijo.
13:36 - Não sei... Estou pelos computadores.
14:05- Vou a saír, convecem-me a beber mais uma cerveja.
14:15- Saio da faculdade.
14:20- Dormir no metro.
15:00- Dormir no comboio.
15:40- Minha miúda vai-me buscar à estação.
16:09- Chegamos à praia do Abano.
17:01- Saímos da praia do Abano.
17:17- Chegamos ao Salamandra. Peço uma tosta de frango.
18:31- Pago 5 euros por um Ice Tea e pela tosta. Saio do Salamandra
18:43- Chegamos a minha casa.
18:45- Jogamos Soul Calibur II, eu ganho sempre e fico orgulhoso.
20:23- Chega a minha mãe. A minha miúda vai-se embora.
21:34- Janto e vejo o Matrix.
23:00- Vejo Sideways pela segunda vez.
1:23 - Venho para o MSN e começo a escrever balelas.
2:00 - Publíco um texto aqui.
2:44 - Acabo este.

Sim, leram bem. Entre as 7:10 e 7:18 diz que eu tomei banho, mas não menciona o facto que eu me vesti. Isso é porque eu não me vesti e andei o dia todo nú. As pessoas não repararam porque estavam demasiado ocupadas a olhar para o meu nariz grande.

Hoje vi uma múmia a conduzir um Porsche...

Não há nada pior do que ter uma folha totalmente em branco à frente, querer escrever lá qualquer coisa e não sair nada. Nada. Parece que o cérebro é um deserto gigantesco onde não se passa absolutamente nada. Nenhum pensamento interessante, nenhuma história particularmente engraçada para contar... Depois, heis que surge no horizonte um oásis... Júbilo! Yay! Já tenho uma história, uma ideia! Algo que possa partilhar com os outros! Uma coisa com piada! Pouso a caneta no papel (neste caso os dedos nas teclas...) e escrevo:

"Hoje vi uma múmia a conduzir um Porsche..."

E é aí que reparo - "Wow... Mas isto nem sequer é uma história... Acaba aqui... Isto não vai levar absolutamente a lado nenhum". O oásis não era senão uma miragem. E é nessa altura que continuo a escrever à mesma, e faço uma metáfora engraçada para explicar o que pensei quando escrevi essa minha primeira frase.

O meu cérebro continua um gigante deserto, mas agora está um camelo a andar devagarinho lá.
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